domingo, 7 de maio de 2017

A ENCHENTE QUE EU VI,,,,

A ENCHENTE QUE EU VI...PLANEJAMENTO DO PRIMEIRO VÔO DO HELICÓPTERO DA FAB – madrugada 08 de julho de 1983. Coronel Barreto, Comandante do 23º BI, convocou uma reunião do Estado Maior do Batalhão...eram 02:30 horas da manhã, auditório do quartel. Comunicava aos seus Oficiais, de que pelo dia seguinte, chegaria da Base Aérea de Canoas- RS, uma aeronave da FAB, para apoio das operações. Determinou: -se houver condições metereológicas, o primeiro vôo, será feito para os 3 hospitais de Blumenau.” – Tenente Adilson, o Sr. Como médico, fará o levantamento do número de pacientes internados em cada hospital, quais necessidades de água e alimentos para os pacientes e funcionários. O Batalhão passará a produzir a comida, na nossa cozinha militar e o Senhor será o responsável para suprir as necessidades. “ A aeronave chegou à tarde, com inúmeras dificuldades de vôo pelo teto baixo de nuvens. No comando da aeronave da FAB, o Tenente Coronel Aviador, Bambini...mais tarde Brigadeiro do Ar e adido Militar nos EUA. Nossa missão, visitar aos hospitais, ficou para dia 9 pela manhã. Hélices do helicóptero acionadas, eu, munido de prancheta para anotações, dirijo-me ao campo de futebol para embarcar na aeronave. Ouço gritos do portão lateral do Quartel: “Tenente Adilson! Tenente Adilson ! “ Tem um bebê nascendo na Enfermaria...venha nos ajudar ! Respondi ao Cabo Enfermeiro Imhof --- faça o parto ! ---Isso não Doutor ! Isso não sei fazer ! Coronel Barreto ao meu lado, Doutor corre lá – eu designo outro oficial para a Missão nos Hospitais !Corri à enfermaria, fiz ao parto e assisti ao nascimento de uma bela menina, por coincidência no exato momento que a banda do 23° BI executava os acordes do Hino Nacional, no hasteamento da bandeira ! No meu lugar no helicóptero, embarcou o Capitão S1 PENKAL. Cumpriu a missão de levantamento de dados nos hospitais. No retorno da aeronave, pouco antes de pousar no campo de futebol do batalhão, o rotor de hélices superiores, quebrou-se, o helicóptero desabou de poucos metros quase causando uma tragédia. Os oficiais brincavam com o Capitão Penkal...”nem se preocupe...se você tivesse morrido, batizaríamos a menina que nasceu, com o nome de “ Penkalina”, a mãe concordaria em homenagear ao “herói” ! Ria-se muito ! O helicóptero ficou inutilizado por vários dias, não havia como chegar a peça de reposição, que viria de Canoas...não havia condições para vôos de reparação ! O problema, após dias, foi resolvido pelo Sub Tenente de uma das Companhias, que após ver a peça quebrada, com o Coronel Bambini e disse....”Mas Coronel...se é somente, esta peça...conheço um torneiro mecânico, que pode construir uma peça nova para o Senhor, aqui mesmo no bairro Garcia. E assim foi feito...e o Helicóptero voou altaneiro com Cel Bambini e sua briosa equipe, nos prestando um trabalho inestimável! Brasil Acima de Tudo ! texto de Adilson Tadeu Machado