quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Camisinha.

http://www.adalbertoday.blogspot.com.br/2015/09/camisinha.html Através da comunicação é que ficamos conhecendo muitas das novidades. E uma agencia de propaganda é fundamental neste processo, trabalhando de forma genérica em todas as áreas, desenvolvendo com criatividade oportunidades para divulgar um produto ou serviço. Certas estratégias de comunicação não acontecem como deveriam ser. E passam, assim, a criar um modismo e se destacar de um jeito totalmente diferente daquele para o qual foram programados. Propaganda é apaixonante. Em novembro de 1984, quando assumimos a SCRIBA¹ Propaganda, ela era referência em propaganda no Vale. Há quem a defina como a escola da propaganda daqui à época. Em Santa Catarina, era a mais representativa no interior, e uma agencia não atrelada a contas governamentais. Na promoção dos nossos negócios, estávamos como sempre presentes a todos os momentos importantes na cidade. Realizava-se aqui, então, uma edição do Congresso Nacional de Urologia, um evento de medicina, nas dependências do Teatro Carlos Gomes, coordenado pelo amigo Dr. Orlando Praun Junior. Participamos na divulgação, na realização e criamos um brinde que ficou marcante. O amigo empresário Sergio Graff me entregou há pouco tempo o exemplar que achara guardado num livro de sua biblioteca. O brinde era de papelão, num formato de caixa de fósforo de papel. Com textos impressos na frente e verso, a caixa tinha grampeado no seu interior uma camisinha (preservativo). Na época, a embalagem dos preservativos ainda tinha jeito de produto farmacêutico (transparente). Camisinha de Vênus era um dos métodos utilizados para evitar a gravidez indesejada. Ou doenças sexualmente transmissíveis. As camisinhas de látex não eram novidade, pois adquiriram popularidade a partir da década de 1930. Nas seguintes, foram caindo em desuso, principalmente após a descoberta da pílula anticoncepcional na década de 1960. Mas o aparecimento da AIDS, nos anos 1980, mudou para sempre a mentalidade mundial. A imprensa começou falar da doença e da necessidade de usar preservativos para proteger-se dela. Solteiros ainda não estavam conscientes da necessidade do uso. Os casados jamais poderiam admitir guardar nos bolsos, imagine as senhoras ter nas bolsas, uma camisinha. Nas conversas sociais, o preservativo era um dos temas. O nosso brinde então passou a ser uma agradável brincadeira, interessante para todos, pois era uma peça criativa. As pessoas o tinham nos bolsos ou nas bolsas, até para ilustrar suas conversas sobre o tema. Embora num ambiente médico, a presença da camisinha estava sendo oportuna. Certamente, deve ter sido uma das formas de todos conhecerem melhor o que era, e para que servia, a camisinha. ¹ A Scriba Propaganda surgiu numa sala na XV (perto do Chinês), depois foi para uma casa na Rua Floriano Peixoto (perto do HSIzabel), depois na Alameda, Numa casa esquina com Rua Engenheiro Rodolfo Ferraz depois para Rua Itajaí nº 36 (inicio prédio casa que foi da Falce representações - ao lado do SINE) local aonde eu comprei, mudei para a Rua Antonio da Veiga Nº 69 1º andar - edificio Renato Veículos. Ela foi fundada por três publicitários (outros) e em seguida adquirida pelo Osmar Laschevitz. Comprei dia 15 de novembro de 1983, Texto e colaboração José Geraldo reis Pfau/publicitário em Blumenau