sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Festa de encerramento do ano 2010












Medicina milenar


Um ocidental na China ficou surpreso de ver a quantidade de velhos saudáveis e, curioso sobre os aspectos da milenar medicina chinesa, indagou de um experiente médico qual o segredo para se viver mais e melhor. Ouviu do mesmo a sábia resposta: É muito simples. É só:

1º - Comer a metade.

2º - Andar o dobro

3º - Sorrir o triplo




sábado, 25 de dezembro de 2010

Meus secretos amigos


Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, já que permite que o objeto dela se divida em outros afetos. Quanto ao amor, por vezes o ciúme é intrínseco e não admite sentimentos rivais. Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências. A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar! Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na minha sagrada relação de amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E, às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu tremulamente construí e tornaram-se alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, rezo pela vida deles. E me envergonho porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem-estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando aquele prazer. Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos e, principalmente, os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus verdadeiros amigos! Nós não fazemos amigos, nós os reconhecemos.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal


Existem pessoas que não se tornam especiais
pela maneira de ser e agir,
mas pela forma que atingem os nossos sentidos.
O futuro pertence aos que acreditam na beleza de seus sonhos.
Ontem já é história, amanhã é ainda um mistério -
hoje é uma dádiva, tanto que chamamos de PRESENTE.
Um Natal de muita alegria.
é o desejo para toda a família do
CLUBINHO.

Natal das Lojas HM

Fonte BLOG de ADALBERTO DAY
Crônica de José Geraldo Reis Pfau, sobre o Papai Noel em Blumenau, das Lojas HM - Hermes Macedo

Do Blog Porto Alegre antigo republicamos com muita saudade, algumas lembranças da empresa de Hermes Macedo. No início da década de 1930 os irmãos Astrogildo e Hermes Macedo chegaram à capital paranaense. Vinham do interior do Rio Grande do Sul e pertenciam a uma tradicional família de comerciantes. Em 1932, sob a liderança de Hermes, abriram a Agência Macedo, um estabelecimento que vendia peças novas e usadas para caminhões e automóveis. Em pouco tempo formaram uma grande freguesia e decidiram ampliar os negócios. A segunda loja da empresa, aberta em 1936, funcionava na Praça Generoso Marques, no Centro de Curitiba, ao lado da Prefeitura e inserida do trajeto dos bondes e dos ônibus que ligavam o Centro à periferia curitibana. O sucesso foi tão grande que, alguns meses depois de aberta, os irmãos Macedo decidiram diversificar as vendas e assim a loja passou a comercializar bicicletas e artigos domésticos. Em 1943, já com a denominação de Lojas Hermes Macedo e obedecendo a uma planejada estratégia de expansão, foi inaugurada a primeira filial fora de Curitiba. O local escolhido foi a maior cidade do interior paranaense da época: Ponta Grossa. Em seguida – começando na década de 1940 – foram abertas lojas em Londrina, Maringá, Blumenau (a primeira fora do Paraná), Porto Alegre etc. Em Blumenau as lojas HM se instalou na Rua XV ao lado do então Banco do Brasil aonde hoje é o centro comercial Beira Rio. No outro lado da rua, ao lado das Lojas Caça e Pesca de então, ficava o departamento de bicicletas e lambretas, onde hoje é o Banco do Brasil. Substituindo o Sr. Castelain no inicio da década de 50, meu saudoso pai Osmênio Pfau, assumiu a gerencia das Lojas Hermes Macedo. Teve a função de abrir todas as filiais no Estado. Pfau esteve a frente das organizações durante 35 anos, numa carreira brilhante e como diretor para Santa Catarina ele se aposentou. No inicio dos anos 60 Hermes Macedo construiu a maior loja do sul do Brasil com vão livre, na rua XV aonde hoje é o centro comercial Bremmer Zenter. Como uma loja de departamentos a nova HM de Blumenau surgiu no mercado catarinense como uma força de um verdadeiro shopping. Uma loja completa com moda masculina, feminina, presentes, toda a linha branca, eletrodomésticos, roupas de cama e banho, maquinas de costura, som, peças e acessórios para automóveis, bicicletas, lambretas, motos, pesca e náutica, pneus de automóveis e caminhões, móveis, carpete e outros, com o Frühstück bar num saboroso café e lanches. No decorrer das décadas de 1960, 70 e 80, a rede de Lojas HM ocupou lugar de destaque no ranking das maiores empresas nacionais por vendas no comércio varejista brasileiro, sendo, durante todo esse período, a maior empresa do setor no Paraná. A partir do final da década de 1980, o império comercial criado por Hermes Macedo passou a enfrentar vários problemas. A desfavorável conjuntura econômica nacional, o aumento da concorrência com a entrada das novas empresas (nacionais e multinacionais) no setor de eletroeletrônicos e, principalmente, a disputa interna pela sucessão e pela administração da empresa foram fatores determinantes para o declínio do grupo HM. Até 1997, quando foi decretada a falência da empresa, foram abertas 285 lojas em 80 cidades espalhadas por seis estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Foi daí que surgiu o slogan que durante anos identificou as Lojas HM na publicidade nacional: “Do Rio Grande ao Grande Rio!”. O domínio das Lojas HM - Decoração de Natal - Desde sua abertura em Ponta Grossa, as Lojas HM dominaram o comércio varejista local oferecendo eletrodomésticos, pneus, móveis, brinquedos, utensílios domésticos e vestuário. A “Brinquedorama HM”, estruturada no andar superior da loja se tornou um dos lugares mais procurado pelas famílias ponta-grossenses que buscavam os presentes para as crianças na véspera do Natal. Aliás, durante a década de 1970, a abertura oficial do Natal em Ponta Grossa – e em outras localidades – ocorria com a chegada do Papai Noel HM à cidade. Carros alegóricos, personagens da Disney, Super-Heróis e dezenas de figurantes desfilavam pela Avenida saudando o público e anunciando a chegada do Natal. O ritual se encerrava justamente com a passagem do “Bom Velhinho” no último carro que integrava o cortejo. Em Blumenau não era diferente essa grande festa de Natal HM. A decoração interna da loja, sua fachada, o arco instalado no alto da Rua XV junto com o desfile do Papai Noel fizeram durante anos a alegria de todas as idades. Com apoio circense (Circo Bartolo de Ctba) a filial do HM de Blumenau e seus artistas do setor de decoração desenvolviam painéis, esculturas e carros alegóricos maravilhosos. Presépios, muitas luzes e decoração com a presença do Papai Noel e seu trono junto a Brinquedorama eram o programa e o sonho de todas as famílias. Numa época de Blumenau dominava o comércio catarinense. A Brinquedorama recebia um cenário com atendentes uniformizados a caracter com uma enormidade de opções em brinquedos para encanto das crianças. Nos meados daquela década, outra atração propiciada por Hermes Macedo aos ponta-grossenses era a possibilidade de “assistir” as TVs coloridas, então uma novidade no mercado brasileiro. Os aparelhos eram colocados nas vitrines e ficavam ligados durante boa parte noite. Mesmo sem ouvir o som do que era transmitido, a possibilidade de assistir aos programas a cores fazia com que se formassem filas de carros ao longo da calçada da loja. Já nos anos 80, quando o Atari se tornou uma febre no Brasil, as Lojas HM atraíram grande número de crianças e adolescentes que se acotovelavam para jogar o Pac Mac, o Enduro e o River Raid, os mais populares jogos disponibilizados pelo vídeo game. Numa caracteristica local, os consumidores tradicionais, ao adquirir principalmente os produtos da linha branca (refrigeradores e fogões) bem como móveis tinham a cortesia do transporte dos equipamentos usados para as suas casas de praia. Nos períodos de festas a frota do HM realizava nos finais de semana a entrega de refrigeradores e fogões usados de seus clientes nas praias do litoral catarinense. Disputas pelo poder, crises financeiras, fizeram o grupo pedir concordata em 1992, conseguiu pagar grande parte dos credores, em 1995 não tendo condições de continuar a atividade por falta de crédito e confiança dos fornecedores, a Lojas Hermes Macedo fazem um acordo comercial com as Lojas Colombo, os pontos de venda e os funcionários ficaram com a HM, por este acordo que permaneceu até fevereiro de 1997, a HM recebia uma comissão de cerca de 10% sobre as vendas realizadas. Em fevereiro de 1997, depois de esgotadas todas as possibilidades a empresa pediu falência com continuidade dos negócios. As Lojas Colombo mantiveram o acordo até novembro de 1997 quando foi decretada a falência definitiva. A chegada do Papai Noel das lojas Hermes Macedo na rua XV de Novembro, em 1982 costumava ser "o" evento para a criançada. A Hermes Macedo era "a" loja naquela época. Tinha tudo o que a gente sonhava. Não dá para entender o motivo do fechamento, já que era muito frequentada. Hermes Macedo na política - Devido ao grande sucesso financeiro que adquiriu e pelo prestígio que as lojas da empresa possuíam, Hermes Macedo lançou-se na vida política. Filiado a Arena – partido criado para apoiar o Regime Militar – o empresário ocupou, por diversos mandatos, o cargo de Deputado Federal entre as décadas de 1960 e 1980.


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Natal e fim de Ano na Espanha

Madri abre clube privado para consumo de maconha
clique no link:
http://noticias.terra.com.br/mundo/fotos/0,,OI142633-EI294,00-Madri+abre+clube+privado+para+consumo+de+maconha.html

Evandro fez o seguinte comentário::
Pô meu...parece que não sei...entende...esse Natal vai ser um baratoooooooo

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Família

Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o desconforto do estômago vazio. Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente. E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Meuniere; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é a Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir. Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.
*Francisco Azevedo*

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mano no Desafio das Estrelas

Bia Figueredo a grande vencedora da prova + o Mano.
Mano e o nosso campeão Rubinho

Mano e o piloto e promotor Felipe Massa



Guilherme Pfau - piloto


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Rir


Homens riem mais do que mulheres, afirma antropóloga Em um grupo de entrevistados, 84% dos homens responderam que riem muito e as mulheres bem menos. Só 68% se permitem rir à beça. Para eles, qualquer motivo é motivo. Uma boa risada daquelas que vêm sem querer, desavisada, larga e sem pretensão. Quando foi a última vez que aconteceu com você? “Acho que tem uns três meses”, conta uma mulher. “Hoje, aqui”, diz um homem. Quem ri mais? O homem ou a mulher? Conclusão difícil de se chegar, mas a antropóloga Miriam Goldenberg, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), jura que elas riem menos do que eles. E o que é ainda pior: estão cheias de inveja da risada alheia. “Ao todo, 60% das mulheres que eu pesquisei dizem que querem rir mais. É engraçado isso, porque eu sei que fico mais jovem, mais bonita, mais interessante, mais sedutora e mais leve”, conta a antropóloga Miriam Goldenberg, da UFRJ. Em um grupo de entrevistados, 84% dos homens responderam que riem muito e as mulheres bem menos. Só 68% se permitem rir à beça. Para eles, qualquer motivo é motivo. “Quando você está com amigos conversando, batendo papo, falando bobagem, falando besteira, a gente ri para caramba”, diz um homem. “É dinheiro no bolso, money”, brinca outro. Para as mulheres, a piada tem que ser muito boa. Bobeira não vale. “Tem muitas coisas que faz o homem rir, mas que a mulher não acha a mínima graça”, opina um homem. “O problema é que às vezes algo que ele acha engraçado, para ela é falta de respeito”, explica a antropóloga. Uma mulher explica: “É tão bobo que se eles parassem e pensassem com a cabeça de uma mulher”. Entender a cabeça das mulheres é algo que Arnaldo Jabor tenta até hoje. “Talvez as mulheres riam por razões mais profundas. As mulheres têm um riso um pouco mais objetivo, seja pela educação, seja realmente sentindo graça. O homem ri para esquecer”, explica o cineasta. Se é para esquecer, que seja, então, em uma boa roda de amigos. A pesquisa constatou que o mais importante para eles não é o motivo da risada, e sim com quem você vai rir. Já as mulheres não riem tanto entre elas, gostam mais de rir com os maridos, filhos, namorados. Ou seja, com eles. O motivo pode estar na autoconfiança masculina: metade dos entrevistados disse rir muito de si mesmo. Entre as mulheres, a autocensura é maior: 28%. Haja patrulha. “A gente é sempre mais julgada, mais olhada, se você engordou, se você envelheceu, o seu sucesso. O homem não”, compara uma mulher. Se o que elas querem é a risada descompromissada dos homens, a pesquisa aponta para um velho medo que pode atrapalhar tudo: o medo de ser feliz. “Antigamente, a mulher bonita não podia ser engraçada. As mulheres boas para casar eram mulheres sérias. E tem muita coisa da mulher sexy ser a mulher que fala pouco, muito calada, misteriosa. Isso ficou no inconsciente das mulheres. Então, elas acham que não podem ser engraçadas para serem bonitas”, diz a atriz Ingrid Guimarães. “Eu me lembro quando eu era garoto e minha mãe não podia rir muito, não. A alegria da mamãe inquietava um pouco meu pai. O homem tem medo da alegria demais da mulher, porque acha que ela está muito livre. É uma coisa muito entranhada na cabeça da gente”, afirma Arnaldo Jabor. A boa notícia é que os tempos mudaram. A gargalhada de mulher não põe mais medo em ninguém. Todos os pesquisadores disseram ver nenhum defeito em quem ri muito. Pelo contrário, mulher bacana é aquela que ri. Se ela é contagiosa, quem vai resistir?
Edição do dia 17/12/2010 Bom dia Brasil

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ata de 14 de dezembro de 2010


Ata da reunião e jantar do CLUBINHO do dia 14 de Dezembro de 2010. Realizado por Daniel Chiesa de nº 35 no melhor dos estilos no seu apartamento nº1.302 do Edifício Imbassahy na “émaucha” em Blumenau. No cardápio “arroz de braga”, uma delícia preparado pelo próprio. O fato do dia foi o jogo Internacional e T.P.Manzebe do Congo no Mundial de Clubes. A vitória dos afrodescendentes com cabelos decorados por 2 x 0 em Abu Dabhi não agradou nada os colorados, agora endividados. O Zero Hora imprimiu jornal lá e a Rádio Gaucha operou um estação local e não acreditaram no T.P. que é definido como “todo poderoso”. Gols: Kabangu '53 e Kaluyituka '85. É isso. Vitória merecida pela eficiência do time africano. É aos torcedores colorado.... Em Abu não Da Bi. O Eduardo diz que encontrou torcedores paranaenses no posto da BR101, vindos de Londrina a Porto Alegre para acompanhar o time. O Claudio fala até ônibus de Santos jogando com o Grêmio, com parada em Itapema para banho de mar. Nem por isso o Pedro Ernesto foi para Minas. Acredita que a pousada vai pagar 700 para ter uns 150 pra viver numa boa. O Claudio define que aposentado é complicado. Pouquinho todo mês. O genro do Eduardo (cabeça) estuda a instalação de um “pub” na Alameda. E o Kiko fala que o Rock Bol faz sucesso nos altos da Itoupava. Estivemos falando da Floriano, da borracharia e da oficina de motos do brake. Também da matéria da globo dos documentos falsificados de carros. Perfeitos e autenticos. O Kiko falou novamente nos centenas de carros locados para o governo na região central do país. Mesmo sendo dia do aniversário da tia Dilma, se fala que o Lula está milionário e o Daniel conta histórias do pdt de “leiolneul” brizola, turma que conhece a Dilma que certamente - a mesa não ficará de pé. O Eduardo “cabeça” que não está bebendo, perdeu 22 kilos, espalhou que na civilização os Incas, eles voavam. O Mauro, só prestou atenção. A aeronave se chamava “vendana” e que está no “baratzil”. Não é um generico é um livro. Se persistir os sintomas consulte seu médico. Completou com as linhas de Nascar no Perú. O Mauro diz que lá corre carros velozes. O Pfau trouxe de volta a estrada que ligava Atlantico ao Pacífico chamada de “Peabirú” usada pelo indios Carijós. Era um caminho no litoral de SC que subia pelo Rio Itapocú a caminho do Pacífico. Andava lá o espanhol Alvar Nuñes – o cabeça de vaca, na época do Tratado de Tordesilhas (1541). O Mauro diz que no IMC - Indice de Massa Corporal para ele falta 10 cm de altura para ser uma pessoa normal. Precisa crescer. Entre outros anúncios de saúde, o Pfau diz que seus indices, depois de cinco anos da cirurgia todos estão normais. O Claudio explica que engordando apenas 100 gramas mês depois de 30 anos de casado voce adquiriu mais 36 kilos. E 100 gramas não é nada. O fort atacadão de origem comper ta sendo inagurado. Se falou dos golpes e dos que nem em cartório pagam. E até falamos do safado que acabou com o sogro ex-gerente do BB. Ainda no tema a havan paga 500 mil reais por cada “istautua” daquelas verdinhas. E que a de barra velha vai ficar enorme e de olho em nova ioque. Artigos da china tem qualidade, são muambas e se faz milagre. Tudo junto. O Kiko diz que chines fabrica peças dentro de navios. Que um sextavado da honda era fundido a bordo, por nada de cents de dolar. Já a chapa dos carros Kia são mais finos que papel e super resistentes. Entendemos que no juridico do jurídico se tem de ter o advogado certo e na hora certa. Pra cadeia só vai ladrão de galinha. Cobrar de caloteiro, quem não teve este desconforto. Bichas velhas e outros "santos", entrou no tema. É quecom jovem fica duro fácil. O Huck tava sentado na zona e foi desafiado sendo chamado de anão da cabeça grande. O desafiador está sem escutar até hoje. A Dra. Helga morreu faz quinze dias conta o Mauro. Ela "escolhia" um da nossa turma no bar do Michel. Escolhido mesmo vem agora os camarões com a Ideli no Ministério da Pesca. Só os camarões não irão subir o Itajaí Açú descascados ou fritos a milanesa, porque os empresários no vale não fizeram o voto útil. Que defeso... que nada. A piada do Eduardo foi de na feira livre o menino atendendo quando chega um enorme afrodescendente e diz “quero levar a metado do melão”. “Momentinho que tenho que consultar o chefe” diz o menino. Sai da barraca e vai num beco e não vê que o “monstro” lhe segue. E diz “chefe tem um baita negão FDP lá que quer a metade do melão”... quando o “monstro" lhe cutuca no ombro... ele complementa ” e esse senhor aqui, quer a outra metade”. E é na manutenção dos carros que começa o stress. A bomba de gasolina do Eduardo “cabeça” que o diga. Dois mil e quinhentos x fio desencapado. O Kiko diz que o combustível é que ruim. Tanque de caminhão é tudo de plastico. O estepe fino não é permitido pela lei brasileira. O Claudio falou do palestrante que iniciou sua vida com 12 reais emprestados para comprar remédio para a mulher. Comprou e mandou bala, criou um patrimonio. Dinheiro, cartão, papagaio, pagando a vista ou ganhando prazo. As ofertas absurdas dos bancos. O brasileiro usa o 13º para sair da lama e em seguida se atola no Natal. Consumismo é isso. Para encerrar a história do marido traido, que solicita para a esposa “por favor, querida, tu não exagera”. Um cidadão conciente da sua responsabilidade. E assim encerrando mais essa, para a realização do jantar de encerramento do ano em Balneário Camboriú que acontece na próxima sexta dia 17 de dezembro. Rimos muito e se fomos.

Memória da infancia


De ADILSON TADEU MACHADO
Memórias da minha infancia em Lages
Ter a oportunidade de rever amigos de infancia é como abrir um tesouro que há muito foi substituido por outros e por outros em nossas vidas. Compartilho com meus amigos do
CLUBINHO momentos que enchem de alegria o meu coração. A conversa por e-mail que tive com o Everaldo “O bom de bola”.

December 13, 2010 9:18 PM Everaldo Avila Cabral - "O Bom de Bola "
Tadeu, Não tens idéia da alegria que me passas primeiro, ao lembrares deste velho amigo velho, que nunca esqueceu de ti nem dos velhos tempos. Fiquei muito chateado quando um dia destes cheguei na casa da Vete e fiquei sabendo que tu e teus irmãos haviam estado lá e, partido a cerca de mais ou menos meia hora atrás. Partiu-me o coração. Depois de nosso último encontro em Blumenau, retornei à esta cidade mais uma vez, para correr outra maratona e, consegui falar com teu filho, deixando um recado ao qual, não tive retorno. Fico feliz que tudo esteja bem contigo e espero, com tua família. E daí, terminaste o curso de direito? Devo agradecer-te pela tua bondade em chamar-me de "O Bom de Bola" mas, acho que tua memória tem alguns pontos falhos pois, nunca aconteceu nada nem parecido. O Chorão, digo o Neném, realmente jogava até uma bola razoável que, poderia ser melhor se não fosse tão chorão. Ele está morando aqui em Minas Gerais e trabalhou alguns anos comigo mas, aposentou e chutou o pau da barraca, ficando a coçar a barriga; pouco o vejo pois, ele não é muito sociável. Quais são as notícias de tua família, pais, irmãos e a irmã; sempre lembro da Cleuza, com os dentes em curva, de tanto chupar bico embora, a um bocado de tempo, eu a tenha encontrado sem este problema, e muito bonita. Qual é teu endereço atual? Como me encontraste? Eu estou casado novamente, e moro em Belo Horizonte – MG, tens meu telefone. Vindo a Belo Horizonte, apareça. Estou sempre lembrando de nossa infância cheia de criatividade, com os carrinhos de carretel e caixinhas de fósforo a rodarem naquele grande sistema viário de nosso quintal, dos rolos, dos arcos com as rodas do fogão a lenha. Outro dia ainda lembrei quando construíram o altíssimo prédio do Banco Inco, que chegava a doer o pescoço para olhar para o alto, e como era alto. Lembras da inauguração, quando vieram o Alex e o Rudi e desceram pelo cabo de aço, equilibrando-se somente com uma vara? E depois, quando fomos para casa e pegamos uma boneca de plástico da Vete e colocamos um cordão da janela do "sóte" , até a cerca lá na frente da casa? Era o Rudi e eu acho que apanhei quando ele caiu no pátio e voou pernas, braços, cabeça e corpo e a Vete, abriu um grande bocão a chorar. Fico vendo hoje meus netos (tenho um com quase 16 anos, uma com 13 anos e um com 3 anos) com brinquedos eletrônicos, jogos na TV (só conheci TV com 17 anos), computadores, sem liberdade de irem à rua e, agradeço todos os dias a DEUS, por eu ter tido uma infância saudável, livre e muito feliz. Meu eterno amigo, digo a ti que eu trabalhei duro, e consegui ter hoje, a mesma felicidade de quando eu era menino, graças ao BOM DEUS. Eu me acho uma pessoa realizada e creio, isto se deve a nossa formação de criança, com pais presentes, amorosos e ainda, amigos que nos deixaram saudade mas que,continuam e morar em nossos corações. Vamos nos manter em contato. Estou viajando para Lages para passar o Natal com a velhinha e depois, levá-la para a praia conosco. Gostaria de convidar-te e aos teus familiares, para aparecerem em nossa casa de praia na Jaguaruna-SC, onde nasci, onde estaremos até o dia 13/01. Será um grande prazer tê-los conosco. Caso não consigas falar comigo lá, podes ligar para uma prima minha que mora lá e que cuida da minha casa durante o ano, cujo telefone indico anexo: -Marli. Nossa casa é bem simples mas, eu creio que tem muito carinho e amor. Em 02/2011, estarei em Blumenau, em uma festa de formatura de uma sobrinha minha que formou em engenharia; é outra possibilidade de encontro.
Um grande abraço. De seu sempre amigo,
Everaldo

December 10, 2010 11:32 PM
Everaldo Avila Cabral - "O Bom de Bola "
É claro de que, desde menino ele, Everaldo, era bom-de-bola ! Ele e o irmão menor (“Nenen") jogavam sempre no mesmo time...o jogo era na nossa rua, duas pedras ou dois tijolos marcavam a trave. O dois irmãos sempre se destacavam...bons no drible...marcavam gols. Só não podíamos "bater" no “Nenén” ...ele chorava fácil e o jogo poderia acabar antes do tempo com Dona Maria (mãe dos dois irmãos) chamava os dois para "dentro" de casa e o jogo acabava com ameaça de "sova" ! Eram anos sem tv, apenas rádio e radionovelas que Sêo Cabral tinha bons rádios e D. Maria à tarde ouvia novelas enquanto ajudava na costura...ajudando Seo Cabral. Aprendi com eles a desmanchar "túnicas" e a desfazer a parte mais chata ...o "pense", feito de costuras diminutas e que dava um trabalhão. Dias de chuva brincávamos de "esconde-esconde" dentro da casa...era um barulho infernal. Mas gostávamos mesmo era de nosso brinquedos de Faroeste, com regras próprias...se vc estivesse atrás de um obstáculo, era válido como trincheira e não poderia ser "morto" ou preso...adorávamos ir à caça de passarinhos, numa época em que não existia IBAMA... íamos pelo rio Ponte Grande, mas que insistíamos em chamar de Caráa, pela beira do rio, conhecíamos todas as árvores que pudíamos transpor o rio e passar para o lado da chácara do Velho Surdo...velho que nunca víamos...mas tínhamos medo de sua fama de "mau". Everaldo e sua família tinham bicicletas... luxo que me permitiu aprender andar em bicicleta-de-menina, sem o varão no meio para atrapalhar minhas pernas curtas... acho que foi na bicicleta da "Vete"... bela irmã do Everaldo, a Marivete ! Os anos passaram.. ele foi morar no "centro" depois seguiu para Porto Alegre... e ganhou o mundo ... nos reencontramos... nos distanciamos... mas ainda sonho com as caminhadas no Morro Juca Prudente e nossas aventuras de rolar pedras ou subir pela taipa... os picnics no Pocinho dos Escoteiros... Tio Vêra e Neném meu abraço saudoso. Tadeu.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cine Blumenau - parte da nossa história

Cine Blumenau - decada 70



Oceanografo de Valencia

Evandro & Angeline



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Hino do Inter em Arabe


O hino do inter em Árabe ...

colaboração Dr. José Claudio Pansard

domingo, 12 de dezembro de 2010

Bruno e Nei


Bruno e o orgulhoso colorado e avô Nei Azambuja

Aniversário do Daniel


Parabéns pelo seu aniversário.

Ao Daniel um grande abraço

de todos os seus amigos do

CLUBINHO

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ata de 07 de dezembro de 2010


Ata da reunião do CLUBINHO do dia 07 de dezembro de 2010. Realizada a convite de José Claudio Pansard de nº 34 no Restaurante Ataliba no outro lado da rua na curva do Rio em Blumenau. No cardápio a tradicional seleção de carnes, o buffet com acompanhamentos servidos a mesa. A banana tava quente e o Kiko exagerou. Comeu com volúpia. Quemô. Há quem recomende não colocar banana quente na boca. Quando é terça no Ataliba alguns não almoçam. O Bao chegou patrocinando a bebida por conta do Fluminense. Comentário pela ausencia total de representatividade de Blumenau na composição do Governo do Estado. No carro do Márcio não se fuma, portanto levou um cigarro inteiro a mais para os caronas chegarem. Na escolha dos melhores do esporte o teto do Teatro quase caiu em cima do homi. Aquele que será tudo, depois de ser muito. Para alegria do Pedro. Avança para o alto e para o sucesso o topete do amigo Adilson. No fim do ano o camarão não vem para mesa na praia. O defeso não aconteceu e vai faltar. No predio do Nei o salão de festa tem uma TV gigante e não tem ar condicionado. Há quem diga que vão exibir, no verão, filmes de incendio para os condominos. O carro Vorax é um BMW com outra carroceria. E tem dinheiro de boi na parada. E de carro novo lançado no Moinho, no outro lado da rua, fomos para boi gordo e até Bluval nos golpes. Na parte de geografia fomos para cidades de localização complicada no Rio Grande do Sul. O Cláudio apresenta grande conhecimento nos “arabaldes”. O GPS do Nei não é descartável. O Lelo já quase que com a suspensão alinhada, faltando balanceamento apenas, tava com prato tropical. Frutas, verduras e pouca carne. Perguntado o médico de plantão explicou que climatério é o periodo da mulher depois a “menospausa”. Outros consideram climaterra o boletim de frio e quente na TV do Coutinho de São Joaquim. O Daniel diz que paulista não come e não dorme, só trabalha. Liga no celular a todo minuto. No Chile tem uma cidades coirmã de Blumenau – aliás duas - que são Ozorno e Frutijá. No capítulo de “hipocondrismo farmaceutico” há quem passe 95% do tempo explicando as bulas. São cloridatos de ramitidina, digeplus, as gotas preciosas, as Camomilas Rauliveira, os Elixir paregorico, e toda especie de alternativas digestivas. Sobre região clitoriana o especialista explica que tem creminho que acende as baterias. A instrução de uso está sempre na ponta da lingua. Nas antigas homenagens umidas foi citada pelos mais experientes a Tonia Carreiro, em cena sensual, sentada num galho da árvore. O Márcio redescubriu a mina com mignon a R$ 18,90 e explica o caminho. Bebidas em quantidade preocupam pois há quem enxergue duas mulheres ao chegar em casa depois do jantar. E não perdoa, vai as duas pra vara. O mágico Houdini foi lembrado e suas grandes escapadas. A mágica da bolinha que atravessa o braço não foi mistério para o neto do Adilson. Planos de saúde ou planos de doenças. Para concluir o Pfau saiu da mesa dizendo ter de ir ver a miniatura dele. Foi no banheiro. Quando voltou foi cuidar das outras miniaturas expostas no Ataliba. O Adilson foi mais cedo, preparando-se para o aniversário e seguiu-se o encerramento.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Aniversário do Dr. Adilson

Parabéns e muitas felicidades,
amigo ADILSON,
são os votos de seus amigos do
CLUBINHO

domingo, 5 de dezembro de 2010

Fluminense campeão



“FLUMINENSE - CAMPEÃO DO BRASIL - 2010”

Tricolor é luta
Brilho e calor
É o sonho de um poeta
Que se fez conquistador.

Tricolor dos choros
Das lágrima sentidas
Dos pós de arroz guardados
Com muito carinho e amor.

Tricolor das 3 cores:
Verde, vermelho e branco
Que tremulam em suas
Bandeiras multicoloridas.

Tricolor da espera
Que se transforma em realidade
Após 26 anos de lutas
Que finalmente se traduz em glória.

SALVE FLUMINENSE - FLUSÃO DO CORAÇÃO
Poeta Júlio Cesar 5-12-10 - às 18,48 horas

sábado, 4 de dezembro de 2010

Largada


SIMCAs & DKWs
Arquivo família Daniel Chiesa
Rio Grande RS Praia do Cassino 1965

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ata de 30 de novembro de 2010


Ata do CLUBINHO de 30 de Novembro de 2010 na reunião jantar promovido e realizado pelo Nei Azambuja de nº 31 no Restaurante e Cachaçaria Agua Doce em Blumenau. Num local de gente muito bonita foi servido bolinhos e fritas de aperitivo, depois o tradicional escondidinho, um carnes na chapa mista e feijão tropeiro. Complementado pelo frango a passarinho. Muito bom e na democracia gastronomica se atende a todos os gostos. Mesmo com essa tradição etílica do ambiente, tem vô japones que traz o neto de colo. E tem outras coisas de botar no colo. Na pauta as peripécias e manobras do imposto de renda e os beneficios aposentados. Na segurança a nossa avaliação ao morro do alemão e as considerações do Pfau a respeito da nossa cidade que jamais se livrará do nosso complexo do alemão. Inquieto o Bola está em recuperação e levou instruções pelo fone do Bao para que torça para o Fluminense nos próximos jogos. Perguntado, o humorista garçon, disse ao Pedro Ernesto que no ambiente só se pode fumar até dez carteiras de cigarros. Questionado pelo Bao foram avaliadas as condições se fica bom cachaça com caldo de cana. Unico pronunciamento foi do Lelo pela experiencia profunda. O Pedro Ernesto fala em mate com cachaça. O medo fica por conta do caldo de cana que é muito doce. Fomos então de dodge polara, vulgo dodginho. Até o cambio mole. Andamos de Karmann Guia, o Nei e o Pfau tiveram e achavam possantes Era só chover ficava “empossado” dágua. Já no carro e as tripolia do piloto Bao para ensinar os filhos no volante. Ainda de carro fomos para o lava jato que o Kiko e o Amilton Alves tiveram nos antigamente e na sete. Recordes de produção e consumo de tapetes e antenas. Vindo pela 101 em desvios o Nei andou em ponte pensil. Medo. O Inter vai com 5 mil gauchos ao Dubai. O Bao acha que o Fluminense - agora quase campeão - devia ir junto. O Márcio diz que na Italia se o time entra com reservas em campo, leva multa. O Viola - antes de ensacado - tá nas colunas como ex-Brusque. Em Itapema quem construiu, construiu, quem não, não faz mais. Lá não tem vereador pescador ou vereador pedreiro. Lá só tem vereador ex-pescador e ex-pedreiro. De luxo. Já pelos abusos o Bao diz que não se importa pois nós não vamos mais estar aí para ver. Carro x transito ?. O Prates (4 ever) tocou a boca no mundo contra os imbecís dos pobres que dirigem brigando com a patroa e não tem condições de ter carro. O Pfau fala de guerra do Iraque em série na HBO. Diz que a melhor do Rio foi a piada do “entrou a polícia + entrou a marinha + entrou o exercito, se entrar um índio é show do Village People, na certa”. Propaganda de remédio antigo e jingles foram cantarolados. Que quando o agrião se junta com mel, não tem para gripe. Bonde. Não sabemos porque que fomos subir nos bondes gaúchos. Na aposta do dia entre Nei e Pedro Ernesto, questinava o fim do bonde puxado por burros em Porto Alegre. Ameaças até de baixar as calças. O Pedro Ernesto ainda pequeno viu passar. O Daniel chamou o Google e viu que em 1908 acabou a tração dos bondes com os burros e os bondes foram ligados na tomada. Todos serão convocados para degustar o prêmio. Ainda sem se sentir derrotado o Pedro Ernesto diz que as margens do Guaiba em Montenegro. Guaiba em Montenegro ? Não, Rio Caí, diz o Cláudio. O Padre Reus que não tinha nada com isso, dançou. O Mano tem santinhos dele. Os velhos burros então foram usados na primeira charqueada gaúcha. E na areia colocada nos freios dos bondes, que derrubou o jovem Nei na motoca, diz o Pedro que a areia era usada para cobrir a bosta dos burros. E que nas tres fileiras primeiras de bancos do bonde, o preço era reduzido pois os burros eram flatulentos. E continuou falando da bacia do Prata, que na verdade os gaúchos consideram ser a nascente do Atlantico. Na casa do Pedro tem uma coleção de seis volumes da história gaucha. E a ambrosia é sobremesa mineira. Disse que em Rio Grande se ouvia (bummm) as conhões de uma batalha na distante bacia do Prata de - um tal de “fritz” – do Graff Spee um dos mais terríveis encouraçados da frota alemã. Derrotados afundaram a nave e ficou lá o cemitério dos heróis marinheiros - no Uruguai. Voltamos para os bondes, já sem burro e andamos de charretes, de aranhas, de carroções. O Daniel fala dos vagalhões, que o século passado os espanhós ao fazer o molhe do porto de Rio Grande, transportavam pedras “cor de rosa” de Pelotas para a obra com o trem. Ficou os trilhos e vagalhões movidos a vela (não para acender e sim ao vento) são até hoje a atração. A famosa BR 290, a Freeway do Rio Grande do Sul - Do Google esclarecemos que foi construída nos anos 70 durante a época do PNAD (o PAC doS militares). Na ocasião ela fez parte de um complexo de obras que incluíram a refinaria Alberto Pasqualini, de Canoas, e o Pólo Petroquímico de Triunfo. Os dutos de abastecimento de petróleo e nafta seguem o leito da rodovia. A primeira auto-estrada do Brasil é a Rodovia Castelo Branco (SP 280), inaugurada em 10/11/1968 - autentica Autobahn brasileria. Emilio Médici mandou construir a Freeway porque ficou com inveja da SP 280 receber o nome de seu inimigo mortal. (Fonte http://www.goitaca.com/viagem/br-290-a-freeway-do-rio-grande-do-sul/) Com o cabelo jogado na testa, o Adilson, se adiantou e foi seguido pelos demais no final de mais essa.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ata de 23 de Novembro de 2010


Ata do CLUBINHO do dia 23 de novembro de 2010. Reunião jantar realizada pelo Mauro Mesquita de nº 20 no Restaurante e Pizzaria Baggio na Rua Sete. Descreve o Nei, autor desta ata que iniciando o jantar, ainda nos petiscos, notou-se a ausência das tradicionais azeitonas na pizza portuguesa pedida. Após acurada busca, descobrimos que no prato do Capitão Malvinas, nada mais nada menos que seis caroços. Há suspeita de que engoliu outros quatro. Para espanto de todos presentes, o cardápio oferecido veio em inglês. Foi solicitada a imediata substituição por outro em alemão, como cabe a tradição numa cidade como Blumenau. O patrocinador da noitada, atrasado, chegou, assinou o cheque. Atitude que deixou bastante aliviados os comensais. Na sequerncia se escafedeu para participar do aniversário da filha. Obviamente o cheque ficou em poder do mano Márcio. Não por falta de confiança, entende..... O Adilson confessou que pagou à empresa especializada (em picaretagem), pelo título de Melhor Ginecologista do Exército da Rua Floriano Peixoto (já que os títulos das demais ruas já haviam sido vendidos anteriormente...). Segundo informou o associado, teve direito à discurso na noite do jantar no Guarani. O Nei sentiu-se magoado, porque também pagou pelo título de Melhor empresa organizadora de eventos de Blumenau e não pode ler o belíssimo discurso que levou por escrito (segundo alguns presentes o fato deu-se porque já era hora do café da manhã e não havia mais ninguém para ouví-lo... falando em comendas, o Lelo apresentou-se como "indicador oficial de comendas de Blumenau. Tudo à preços bastante acessíveis. Tinha comenda até do Vaticano. A mais barata era a "Anita Garibaldi", que por ser local, tinha baixa procura. O Dr. Adilson assumiu ainda ter sido contemplado com o título de "Gigante" pelo Gustavo Siqueira. O Nei também o foi, mas safou-se de comparecer com um belíssimo email de desculpas que mais tarde serviu de modelo para outros homenageados. Após breve discussão, o Adilson foi acusado de ser o número 24 dentre os associados do CLUBINHO. Brandindo o cartão de endereços da entidade, qual sabre em batalha, eximiu-se do número maldito. A pergunta que não cala: quem era o número 24 ? ( o cunhado Chico Birga) Segundo o Quico, nos idos dos anos sessenta, gente de bem não andava de chinelos (mesmo havaianas) na rua XV. Apenas era ousadia de residentes na 7 de Setembro. Ainda dentro do mesmo assunto, dizem que o Bola agora só usa aquele sapatão holandês que atende pelo nome de Crock. Dizem que devido ao problema gotoso, ele calça crock número 64, cor de rosa - Muitas apostas sobre a data de retorno do Bola ao CLUBINHO - os maldosos diziam que "nunca mais". Na média espera-se o retorno para o final do ano (de 2012). Muito comentada a utilização de óleo de pinhão manso no jato da Tam durante voo nesta segunda-feira. Perguntava-se qual o estado produtor do já famoso combustível. A bancada gaúcha do CLUBINHO garante que das terras gaúchas esse troço não vem. Que no Rio Grande não tem essas coisas... Ad referendum do presidente, após acalorados debates, marcou-se a reunião de encerramento de ano do CLUBINHO para dia 17 de dezembro, uma sexta-feira, no salão de festas do prédio do Nei, em Balneário Camboriú. Para evitar inconvenientes, os presentes optaram por fazer a reunião festiva sem "amigo secreto". O ágape será preparado pelo Chef Bao, com o apoio do auxiliar de cozinha Daniel. As despesas serão rateadas entre os membros do CLUBINHO, independente ou não de sua participação. E para alívio dos garçons e também dos presentes na mesma sala do restaurante, se fomos, com a idéia de passar na casa do Mauro para, durante o aniversário de sua filhota, filar uma sobremesa...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Um em cada seis


O médico urologista, que cuida da saúde do "PIB" brasileiro, fala sobre os principais temores masculinos, como problemas na próstata, disfunções sexuais e decadência física. Não tem nem o que questionar: quando se fala em urologia, e principalmente em saúde masculina, primeiro nome da agenda e da confiança dos principais políticos, empresários e brasileiros em geral é o do médico Miguel Srougi. Considerado o número 1 do Brasil em cirurgias de câncer de próstata ( já realizou 2.900), atende em seu consultório gente como o presidente Lula, José Alencar, José Serra , Geraldo Alckmin, Joseph Safra, Lázaro Brandão, Abílio Diniz e Antônio Ermírio de Moraes, entre outros pesos pesados. Professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP, pós-graduado pela Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos, 35 anos de carreira, uma dezena de livros publicados e outra centena de artigos espalhados mundo afora, Srougi tem a simplicidade daqueles que muito sabem, pouco ostentam e continuam lutando. Ele se dedica integralmente ao que faz - trabalha todos os dias, das 7 da manhã às 10 da noite - abriu mão da vida pessoal, é casado, pai de dois filhos e não tem receio de dizer que se envolve demais com seus pacientes. "Sofro muito e esse sofrimento é um dos fatores de sucesso da minha carreira, porque acabo me entregando mais aos doentes." Embora viva intensamente entre os limites das dores da perda e alegrias dos resgates da vida, Srougi, aos 60 anos, se abastece lecionando na Faculdade de Medicina, "uma de minhas razões existenciais". No ano passado inaugurou um moderno centro de ensino e pesquisa para seus alunos, garimpando verbas junto aos seus pacientes poderosos. A sala ganhou o nome de Vicky Safra, mulher de Joseph Safra, em homenagem ao banqueiro que doou a maior parte dos recursos. Nesta entrevista, o maior especialista em câncer de próstata do país afirma que "todo homem nasce programado para ter a doença" e que, se viver até os 100 anos, inevitavelmente vai contraí-la. Fala ainda sobre medos, fantasmas masculinos, impotência, novos tratamentos e seus sonhos pessoais. E conta por que trocou o Hospital Sírio-Libanês pelo Oswaldo Cruz, depois de 30 anos. A seguir, os principais trechos.
ASSOMBROS MASCULINOS
Os homens têm uma certa sensação de invulnerabilidade - isso faz parte da cabeça deles. Passam boa parte da sua vida livre de todos os incômodos que a mulher tem, fazendo com que relaxem mais com a sua saúde. Com o passar dos anos, começam a perceber a sua vulnerabilidade e passam a dar um pouco mais de valor aos cuidados médicos. O que mais os atemoriza hoje? Problemas com a próstata, disfunções sexuais e a decadência física, que mexe muito com a cabeça das mulheres, mas também com a deles. As mulheres pautam muito a vida em função da beleza e os homens, da força, da virilidade, da capacidade de agir, raciocinar. E na hora em que surgem falhas nessas áreas, ele percebe que, talvez, não seja aquele ser imortal que achava que fosse.
ENVELHECIMENTO
Há dois profundos temores hoje nos homens: o primeiro é o crescimento benigno da próstata, um fenômeno que ocorre em praticamente todos eles: ela aumenta de tamanho depois dos 40 anos e,
dessa forma, o canal da uretra fica ocluído. Isso faz com que o homem comece a urinar sucessivas vezes, a não ficar em uma reunião prolongada, tem de levantar à noite, prejudica o sono, acorda mal, pode ter descontroles de urina. O crescimento benigno é quase inexorável: todos os homens vão ter em maior ou menor grau; felizmente, apenas um terço, 30%, tem sintomas mais significativos que exigem apoio médico. Nesses casos, há medicações que desobstruem parcialmente a uretra e fazem o indivíduo urinar e viver melhor; apenas de 4% a 5% dos homens têm de fazer uma cirurgia para desobstruir a uretra por causa desse crescimento benigno. Essa é uma cirurgia, que se faz com segurança e sem os inconvenientes de uma cirurgia maior nos casos de câncer. Ela remove apenas o fator obstrutivo, o homem passa a viver melhor e sem nenhuma seqüela. Esse crescimento não tem causa conhecida, surge por um desequilíbrio hormonal no homem maduro, ou seja, as células da próstata passam a se proliferar em decorrência dos hormônios. Não tem como prevenir. Existem algumas medidas, mas nenhuma consistente.
OBESOS E FUMANTES
Existe a idéia de que o obeso e os fumantes teriam menos crescimento benigno da próstata. O que é interessante é que a próstata seria o único lugar no organismo que eles deixam de ter todas as desvantagens, mas a realidade é meio dura: recentemente se apurou que eles são menos operados da próstata, mas não porque ela não cresce, mas pelo receio dos médicos de operá-los porque complicam mais e também porque muitas vezes não vivem o suficiente para ser operados - morrem antes. É uma realidade perversa.
REALIDADE NUA E CRUA
O câncer na próstata adquire maior relevância porque tem uma grande prevalência: 18% dos homens - um em cada seis - manifestarão a doença.E também porque o tumor, que ocorre com muita frequência dentro da próstata, é eliminado com sucesso em 80%, 90% dos homens. Se esse tumor não é identificado no momento certo e se expande, saindo para fora da próstata, as chances de cura caem para 30%. É um tumor muito comum e se for detectado a tempo, tem como resgatar esse paciente. Dos 18%, somente 3% morrem - a medicina consegue curar 15% dos homens,ou seja, a maioria. Mas vale dizer que todo homem nasce programado para ter câncer de próstata. Ou seja, nós temos, nas nossas células, genes que as estimulam a virar cancerosas e eles ficam bloqueados durante a nossa existência. Quando o indivíduo envelhece, esses mecanismos de bloqueio deixam de exercer o seu papel e o câncer começa a se manifestar. Com isso vai aumentando a freqüência da doença e todo homem que chegar aos 100 anos vai ter câncer de próstata.
SEM FANTASIA
O exame de toque - um dos meios de se detectar a doença - gera na cabeça dos homens fantasias negativas e receios, mas, na verdade, eles tem muito medo da dor. Tanto é que os que fazem pela primeira vez, no ano seguinte perdem o medo. Leva três ou quatro segundos e não dói. Então, um dos fatores de resistência é eliminado. Existe um segundo sentimento, que é muito forte: expressar, exteriorizar uma fraqueza se a doença for descoberta. O homem tem pavor disso porque, de acordo com todas as idéias evolucionistas, só vão sobreviver aqueles que forem fortes. É comum você descobrir um câncer no indivíduo, e ele entrar em pânico, não pela doença, mas porque as pessoas vão descobri-la. Porque o câncer é muito relacionado com morte, decadência física, perda da independência, dependência dos outros. O homem não aceita essa idéia, e prefere fechar os olhos e enfiar a cabeça debaixo da terra a enfrentar, mostrando para o mundo e às pessoas que ele é um ser mais fraco. Isso vai afetar a imagem dele, acha que vai perder poder sobre outras pessoas, porque ninguém obedece a um fraco, alguém que vai morrer. Isso vai contra a idéia que temos de ser mais fortes para sobreviver.
A PERFORMANCE DO ROBÔ
Estamos fazendo cirurgias com robô, que permite uma visão muito mais precisa do campo cirúrgico, elimina os tremores da mão do cirurgião, permite incisões pequenas, uma operação muito mais perfeita porque os movimentos dele são muito suaves. Isso é muito novo no Brasil. Fiz o primeiro caso há dois meses, no Sírio-Libanês. E agora, o Albert Einstein tem e o Oswaldo Cruz está adquirindo. Nos Estados Unidos se faz cirurgia robótica em larga escala. Lá, o robô ganha em performance do cirurgião médio, mas ele ainda perde do habilitado. Tenho mais de 2.900 pacientes operados de câncer de próstata pessoalmente. Eu sou o terceiro cirurgião do mundo nesse quesito - só perco para dois americanos e eles estão parando de trabalhar. Apesar de ter essa grande experiência, quando comecei a operar, 35% ficavam com incontinência urinária grave. Agora são só 3%. Impotentes, todos também ficavam. Hoje, se o homem tem menos de 55 anos, a incidência é de 20% - antes era 100%. Há também enxertos de nervos, porque a impotência se deve à remoção de dois nervos que passam perto da próstata e nós estamos fazendo esse enxerto quando somos obrigados a retirá-los nos casos em que o tumor fica grudado. Entre os pacientes que fizeram os enxertos, metade voltou a ter ereções com o tempo.
IMPOTÊNCIA, O QUE FAZER?
Esses novos remédios para tratar a disfunção sexual contornam 1/3 da impotência, tanto após a cirurgia quanto depois da radioterapia. Se os comprimidos não atuarem, existem injeções. Há ainda próteses penianas que são muito desenvolvidas e produzem uma ereção que quase não tem nenhuma diferença em relação à normal. Isso permite que o homem reassuma a vida sexual plenamente e que as mulheres tenham muita satisfação. Os homens ficam extremamente felizes - são hastes colocadas dentro do pênis. Não fica marca, nem cicatriz. Nos Estados Unidos, entrevistaram as mulheres sobre os homens que tinham prótese e asrespostas foram positivas. Ela funciona muito bem.
O PAPEL DAS MULHERES
Os homens são resistentes: eles relutam muito em ir ao médico fazer um exame de próstata e só vão quando a mulher os empurra: dois terços dos pacientes no consultório de Miguel Srougi são trazidos por elas. Ligam para marcar a consulta, os acompanham. A gente não vê mulheres jovens trazendo homens jovens para fazer exames. A gente vê mulheres maduras. Claro que o jovem não está na faixa de risco. Mas existe um outro significado da importância da mulher. Primeiro, que ela é pragmática e incentiva o marido. "Mas, por que ela quer isso? Porque quem ficou vivendo bem 30 anos e conseguiu superar todos os embates da vida conjugal é um casal que o tempo consolidou. E aí a mulher tem um sentido de preservação da família muito mais forte que o do homem. Passadas as tempestades e oscilações do relacionamento, ela não quer que o marido morra. É real. Toda vez que tenho um paciente e ofereço dois tratamentos: um que aumente a existência dele, mas vai, por exemplo, causar alguma deficiência na área sexual. E ofereço um outro tratamento, que cura menos, mas preserva melhor a parte sexual, o homem balança na decisão. A mulher nunca hesita. Ela prefere aquele que aumenta a existência, mesmo ocorrendo o risco de comprometer a vida sexual dele e do casal. Poucas vezes vi uma mulher aconselhar um tratamento que dê menos chance de vida e aumente a possibilidade de ele ficar potente. Dá para contar nos dedos. Ela quer o companheiro, quer preservar aquela pirâmide que foi construída, que é rica."
SOFRIMENTOS E PRIVILÉGIOS
Eu me envolvo muito com meus pacientes. Sofro muito. E esse sofrimento é um dos fatores do sucesso da minha carreira, de 35 anos. Nesse sofrimento eu acabo me entregando mais e mais aos doentes. Isso é ruim, porque não tenho vida pessoal, minha vida familiar é feita nos intervalos. Felizmente, os momentos bons prevalecem sobre os ruins. É por isso que eu sobrevivo. Um doente que coloca a cabeça no meu ombro e agradece por ter feito algo por ele, ou deixa correr uma lágrima na minha frente, me faz deletar, superar aqueles momentos em que me senti totalmente impotente. Uma das coisas importantes é o médico saber e demonstrar que a medicina não é infalível e ele não se sentir onipotente. O urologista tem um privilégio. O oncologista mexe com câncer avançado, já no fim do caminho - eu lido com o inicial. Eu consigo salvar muita gente. É um privilégio para mim.
MEDO DA SEPARAÇÃO
Nós não queremos morrer. Primeiro, pela incerteza do porvir. Segundo, porque a morte implica extinção e o ser humano não aceita a aniquilação. A nossa cabeça nasceu para ser imortal. A morte está relacionada com dor, sofrimento, à decadência física, à desfiguração, à perda do papel social, desamparo da família, perdas dos prazeres materiais, da independência. Mas a causa verdadeira é o nosso horror de nos separar das pessoas que amamos. Bem material não deixa ninguém feliz. Há tanta gente rica se suicidando, tomando droga para sair da realidade. Os médicos não compreendem isso. Se as pessoas têm medo de se afastar das pessoas do seu entorno, você precisa tratar o entorno também. Não é o médico que apóia o doente nas fases difíceis - é a família. Eles reagem raivosamente contra a família, querem afastá-la do processo, sem perceber que um doente só vai ter paz, tendo a morte pela frente ou não, se a família estiver ao lado.
A SAÍDA DO SÍRIO-LIBANÊS
Os verdadeiros templos na Terra são os hospitais - não as igrejas. Nas igrejas tem muito ouro, riqueza. Aqui não, você conhece o sofrimento, o valor da existência humana. Os orgulhosos e os soberbos ficam humildes, ricos e pobres são iguais; os ruins, os autoritários e os maldosos se tornam condescendentes: eles ficam despidos, tiram a máscara; é aqui que você conhece o que é viver, que resgata para a vida, não em uma igreja qualquer, que o sujeito entra lá, reza dez minutos e sai. Ele pode até sarar, cicatrizar a sua alma. Mas aqui nós curamos a alma e o corpo. Esse é o verdadeiro templo, onde o ouro é a vida. Você entende o impacto que a desigualdade social tem sobre o ser humano, a pobreza, a falta de instrução causa doenças. Depois de 30 anos no Sirio-Libanês eu mudei para o Oswaldo Cruz. Achar que eu vou ter novas salas, três enfermeiras a mais, é brutalizar o que passou pela minha cabeça. Mudei porque não estava vendo esse lugar como um templo. Eu vivo intensamente, por isso tenho esses sentimentos.
UM POUCO DE FILOSOFIA
A melhor forma de se transmitir as virtudes é pelo exemplo, pela coerência. Certa vez perguntaram para Sócrates como a virtude poderia ser transmitida - se pelas palavras ou conquistada pela prática. Ele não soube responder. Então, Aristóteles, depois de uns anos, respondeu: "A virtude só pode ser transmitida pela prática e por meio do exemplo". Aqui, eu posso tentar ser o exemplo. Mudando o cotidiano das pessoas, transformando a sociedade e construindo um novo mundo.
CINCO MEDIDAS PREVENTIVAS/ Segundo Miguel Srougi, a prevenção ao câncer de próstata é feita de forma um pouco precária, porque não existem soluções para impedi-lo. - Na prática, há o licopeno, que é o pigmento que dá cor ao tomate, à melancia e à goiaba vermelha. "Talvez diminua em 30% a chance, mas esse dado é controvertido, por causa disso a gente incentiva os homens a comerem muito tomate, só que deve ser ingerido pós-fervura, ou seja, precisa ser molho de tomate. Não pode ser seco ou cru." - A vitamina E também reduz teoricamente os riscos em 30%, 40%. Mas, se for ingerida em grandes quantidades, produz problemas cardiovasculares. Na verdade, se o homem quiser se proteger, deve tomar uma cápsula de vitamina E por dia. Acima disso, não é recomendável. - O terceiro elemento é o Selênio, um mineral que existe na natureza e é importante para manter a estabilidade das células, impedindo que elas se degenerem, que é encontrado em grande quantidade na castanha-do-Pará. "Qualquer homem pode ingerir em cápsulas, mas se ele comer duas castanhas por dia, recebe uma certa proteção", diz o especialista. - Uma quarta medida é comer peixe, três porções por semana - rico em ômega3 e tem uma ação anticancerígena provável. - E, uma quinta, tomar sol. "O homem que toma muito sol sintetiza na pele vitamina D, que tem forte ação anticancerígena. É por isso que os homens da Califórnia desenvolvem muito menos a doença do que os de Boston".

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Paul MacCartney


Paul McCartney chega a São Paulo para duas apresentações.
Veja abaixo dez curiosidades sobre o ídolo e as músicas que ele vai tocar nos shows:

1. A morte
Centenas de especulações sobre a morte do cantor agitaram a década de 60, quando o astro teria sofrido um acidente e morrido, sendo substituído pelo Paul McCartney que conhecemos.
Tudo começou em 1966, quando Paul bateu o carro e, coincidentemente, os Beatles pararam de se apresentar por conta da falta de infra-estrutura para tocarem seus sons arranjados ao vivo. A turma da teoria da conspiração acha que foi desculpa. Acreditam eles que, no acidente, o “verdadeiro” Paul teria morrido, obrigando os outros integrantes a buscar um sósia.
O boato tomou proporções enormes, e indícios da morte do astro eram apontados em supostas mensagens subliminares nas canções e em capas de discos. Um exemplo seria, também na perspectiva de quem defende a tese do "falso Paulo", o LP “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, lançado em 1967. Sua capa seria um funeral. No chão, flores vermelhas cobririam o caixão de Paul e indicariam onde ele estaria enterrado. Flores amarelas formariam o baixo para canhotos, usado pelo músico. Uma das canções do disco, “A Day In The Life”, retrataria a morte do cantor:

“Ele arrebentou a cabeça num carro
Não tinha percebido que o semáforo havia mudado
Uma multidão parou e o encarou
Já tinham visto seu rosto em algum lugar
Mas ninguém tinha certeza se era ou não um senador.”

2. “Let it Be”
Composta por Paul em 1970, a canção surgiu após um sonho do cantor com sua falecida mãe, coincidentemente chamada de Maria, como mãe de Jesus. Muitos acreditam que a música envereda para um lado religioso. Na verdade, surgiu da mensagem que sua mãe mandou, dizendo para o astro se tranquilizar, pois tudo em sua vida daria certo.

3. Traição?
Em 2006, Paul e Heather Mills divorciaram-se, após quatro anos casados. O motivo especulado foi uma suposta traição, que rendeu mais uma das composições apontadas como celeiro de mensagens subliminares. “Mr. Bellamy” seria um anagrama de “Mills Betray Me” (em português, Mills me traiu).

4. “How Do You Sleep”
A canção escrita por John Lennon, lançada no disco “Imagine”, foi uma declaração em alto e bom som contra o ex-companheiro de banda. Trechos como “aqueles malucos estavam certos quando disseram que você estava morto” transmitem a forma como Lennon se sentia em relação aos problemas que os Beatles enfrentavam na época. "A única coisa que você fez foi 'Yesterday'” se refere ao que seria o único sucesso dos Beatles composto apenas por Paul.

5. “Magical Mistery Tour”
O filme foi produzido pela banda, mas a ideia inicial partiu de Paul. O intuito era filmar o dia a dia dos Beatles sem roteiros. O filme foi exibido no canal de TV BBC e extremamente criticado por ser totalmente sem sentido, sendo pioneiro no gênero de comédia “non-sense”.

6. Sir Paul McCartney
Além de ex-integrante da banda mais famosa do mundo, Paul recebeu o título de sir em 1997, pelas mãos da Rainha Elizabeth. O título de nobreza é uma forma de agraciar membros da nobreza por serviços prestados ao país sem possuir função pública. Em 1966, todos os integrantes da banda haviam recebido o título de Membros do Império Britânico.

7. “Say Say Say”
Michael Jackson, o Rei do Pop, também fez parte da carreira musical de Paul, que tem parcerias nas canções “The Girl Is Mine”, “The Man” e “Say, Say, Say”. A união foi uma iniciativa de Michael, em 1980, quando convidou o ex-beatle para compor com ele. A amizade entre os dois acabou quando Michael Jackson comprou os direitos sobre o catálogo de músicas dos Beatles.

8. O melhor baterista
Quando os Beatles gravaram “The Beatles”, também conhecido com “O Álbum Branco”, Paul foi responsável por assumir a bateria em "Back in the U.S.S.R" e "Dear Prudence". Em uma entrevista, perguntaram a John se Ringo era o melhor baterista do mundo. A resposta foi simples: “Ele nem é o melhor baterista dos Beatles”, referindo-se ao talento de Paul.

9. “Hey Jude”
A famosa canção foi composta quando John se divorciou de Cynthia, com quem teve Julian Lennon. Paul afirma que fez a canção como uma forma de mostrar seu apoio ao menino. Inicialmente, a canção seria “Hey Jules”, mas o astro achou que Jude seria mais sonoro.

10. Wings
Após o fim do grupo, Paul e sua esposa, Linda, uniram-se a outros músicos e formaram a banda Wings. Lançaram sucessos como as canções “My Love”, “Band on the Run” e “Silly Love Songs”, que atingiram o topo das paradas americanas. A banda terminou em 1981.
fonte VEJA São Paulo

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ata de 16 de Novembro de 2010


Ata do CLUBINHO da reunião realizada dia 16 de Novembro de 2010. Organizada pelo Eduardo “Cabeça” Silveira de nº 30 no Die Kneipe no Tabajara. O cardápio do maitre Mauro inclui aquele creme de aspargos, saladas e pratos maravilhosos. De convidado o Mano trouxe o mano Beto. O Adilson chegou cedo e quase teve de usar a carteira de autoridade. No tema perder peso o “Cabeça” está feliz pois já é dois dígitos. Expectativa no jogo com a Argentina e o Ronaldinho gaúcho. Avaliamos também a pista de Formula 1 de Dubai. E o gol do Inter no Avai mais rápido do campeonato. Já o feriado foi com frio e chuva. E o Mauro fez a mudança e agora é vizinho do Daniel. O Bola está muito preocupado e deve ir para especialistas. Todos torcem pela recuperação. As obras do Jaime aquele do shopping são umas loucuras. Nos intervalos de consultas o Adilson observa a obra da Floriano e está encantado com a organização da Construtora Stein. Realmente tem conceito. A casa do Ratinho em Itapema foi vendida para o casal Bruno e Marroni. O Tiririca é 30% alfabetizado. E o Silvio Santos é 100% esperto. O Panamericano ta ganhando ajuda sem juros e a auditoria da Caixa protegendo. O Lelo vai jogar fora as muletas e vai para Arraial da Ajuda na Bahia ajudar no bar do amigo Marcos Paul. Nós para voltar a jogar teríamos que fazer gol a gol. Já a grandona Gonova do voley da Russia, assusta. O bom foi que o Alonso perdeu. Quem ganha é o príncipe Willian, com um noivado não nobre. Mas boa. Obras em Balneário iniciam o barulho as oito horas. O Claudio teve em Natal – cidade e não festa – e viu que os prédio são construído de “esguelho” ou seja atravessados para não cortar o vento marinho. E que o famoso cajueiro avança pela metade da rua e casas e mais casas são indenizadas. Em Balneário já tem torre de 52 andares. Agora se anuncia 60 andares. Falamos de prêmios de loteria e com alguns sonhos que realizaríamos. O Abreu tem um Puma no cavalete com quinze mil km e quer 25 mil. O Puma tá sem estepe. O Adilson foi falar com Herbert Muller que emprestou o nome Hering. Ouviu bobagens que médicos em Blumenau é um balaio de gatos e que ele não faria nada para ajudar. No balaio o Adilson está até hoje. Esse nobre ganhou o troféu por contar a história de pilotar avião da Varig e pousar no aeroporto de Itajaí. Uma cortesia do comandante da aeronave. Na série vamo que vamo o Cláudio diz que em São Sepé um gaucho caminhava com um rebanho de ovelhas quando um avião teco teco deu rasante espantando as ovelhas. O Gaúcho laçou a aeronave o a colocou no chão. Outro diz que conheceu um cavalo de três pernas que viajava de Blumenau a Rio do Sul. No quartel de Santa Rosa o comandante ordenou ao corneteiro que subisse na caixa d’agua para dar o toque de final de expediente. Ouvindo a conversa outro militar sediado em unidade a muitos quilômetros de distancia, diz que lembra, pois o corneteiro da unidade tava doente o o comandante aproveitava o toque de cima da caixa d’agua. Noutro causo o gaucho foi fazer a travessia e o rio tava muito cheio. Para esperar baixar foi pescar na barranca. O 38 caiu da cinta e foi pro fundo do Rio. Anos, muitos anos depois ele passou no local, novamente tinha enchente e foi pescar. Ao jogar a linha, fisgou e ao puxar ouviu um tiro embaixo da água, Retirou a linha com um peixe grande que tinha engolido o 38 e o anzol engatou no gatinho que disparou a arma e matou o peixe. O Pfau contou do cavalo atropelado pelo trem em Rio do Sul. O colono foi pedir indenização. O Superintendente da EFSC ficou espantado pois já havia recomendado que o trem não deveria passar no meio de pastos. O colono disse, não Dr., meu cavalo tava em cima do trilho. Então não cabe indenizar. O vô do Adilson trazia gado da serra para o litoral e em trechos usava a linha do trem. Em Alegrete conta o Claudio que o vivente atacou o trem e se machucou todo. Recuperado, atacou um vitrine de uma loja de brinquedos aonde estava exposto um trenzinho. Perguntado disse o grosso. “Isso quando ficar grande não tem quem consiga matar”. Cansados de ouvir bobagens, satisfeitos, fomos encerrando e indo embora.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quando me aposentar vou morar na praia


O cara se aposentou e foi mesmo morar na praia. Mês a mês manda notícias contando sua nova vida para o filho.· Janeiro Estimado filho, tenho a lhe comunicar boas novas: me aposentei e agora vamos morar na praia. Vendemos nossa casa. Em março estaremos de mudança para o litoral. Lembra quando eu falava prá tua mãe? Quando me aposentar vou morar na praia! Ela duvidava. Beijo da mãe, benção do pai.Fevereiro Estimado, fechei negócio: terceiro andar, quatro por andar, nosso apartamento é de frente para o mar. São duas suites e mais um quarto, área de serviço, dependência de empregada. Uma sala em L e, o melhor de tudo, uma deslumbrante sacada com churrasqueira. A vista praquele marzão é pornográfica. Sua mãe achou a sala acanhada para os padrões dela. Mas apartamento de praia é assim mesmo e a manutenção fica mais barata. Beijo da mãe, benção do Pai.· Março Estimado, já estamos morando na praia! O clima é um paraíso aqui na terra. Espetáculo. Não chove, faz um calorzinho do bom. Mesmo assim, providenciei o que faltava: o ar condicionado da nossa suite. Só não instalei porque procuro alguém para fazer o serviço mais em conta. Aqui tudo custa o olho da cara. De resto, tudo nos conformes. Até fizemos uma agenda para nossas atividades diárias. 8h00: despertar.8h30: lauto café da manhã. 9h30: caminhada de uma hora na praia para respirar o ar puro e aproveitar o sol da manhã.10h30: super mercado e tarefas externas. 11h30: sua mãe vai para a cozinha. 13h:00: o delicioso almoço da mamma. 14h30: soneca. 16h00: café da tarde. 17h00: leitura do jornal e revistas. 18h00: caminhada na orla para apreciar o por do sol.20h30: lanche e telejornal. 21h00: novela. 22h00: jogo de cartas. 23h00: prá caminha, que ninguém é de ferro. Que Tal, filhão? Beijo da mãe, benção do pai.· Abril Estimado, já travamos amizade com os vizinhos do prédio. Temos gaúchos, paulistas, catarinas, paraguaios e argentinos. Só gente boa. Novidades: já estou até tomando chimarrão e fui convidado para participar do aperitivo diário no barzinho dos aposentados. Mudamos um pouquinho a rotina. Das 11h30 às 12h30 faço aperitivo. Tua mãe não gostou muito, mas ela precisa entender que precisamos ter uma vida social. Outra coisa: sabe a deslumbrante sacada? Mandamos envidraçar. A ventania é tanta que ela já estava inútil. Tua mãe não se agradou, acha que é mais vidro prá lavar. Beijo da mãe, benção do Pai.· Maio Estimado, tua mãe está bem nervosa, acha que precisamos arrumar alguma Coisa prá fazer. De minha parte estou de agenda cheia. No meio da tarde jogo bocha com a turma do barzinho dos aposentados e depois fico para a happy hour. Tua mãe também não gostou muito. Beijo da mãe, benção do pai.· Junho Acabo de comprar um pequeno barco inflável pra pescar. Só me falta companheiro de pescaria. Tua mãe não ficou muito satisfeita e agora inventou de colorir estátuas de gesso. Ela pintou algumas estátuas de Santa Edwiges e está vendendo bem, na feirinha. Um dos quartos virou oficina e o cheiro de tinta está insuportável. De resto, mudamos um pouco a rotina: estamos passando as tardes nas casas de bingo. Beijo da mãe, benção do pai.· Julho Estimado, o vento Sul aqui é de lascar e ainda não consegui botar o barco na água. Desde o início de junho não estamos mais caminhando na praia. Parece que a maresia enferruja os ossos, de tanto frio. Só saio de casa para o aperitivo do almoço e pra happy hour no barzinho dos aposentados. O médico mandou parar com os aperitivos. Tua mãe também acha que estou muito barrigudo. Beijo da mãe, benção do pai. · Agosto Estimado filho, orgulha-te: eu fui eleito síndico do prédio! Por unanimidade! Tua mãe acha que o mês não foi propício para aceitar a incumbência. Ela diz que agosto atrai coisa ruim. Amanhã temos uma reunião de condomínio pra decidir a nova pintura da fachada do edifício, manutenção De dois elevadores, reforço nas fundações e reforma de todo o sistema hidráulico e elétrico. Beijo da mãe, benção do pai.· Setembro Estimado, o feriadão da Semana da Pátria foi um inferno. Invadiram nossa praia. Bem na frente do prédio, toneladas de som e cerveja. Só conseguimos dormir depois das duas da manhã. A vizinhança diz que isso foi coisa pouca, na temporada todos dormem quando o dia amanhece. Tua mãe está nervosa e eu não estou com bons pressentimentos. Beijo da mãe, benção do pai.· Outubro Estimado, o tempo está esquentando: nos fins de semana já não dormimos em paz, o movimento no balneário começou a subir e os preços também. Sábado faltou luz, domingo faltou água. Amanhã tem reunião de condomínio para comprar um gerador e furar um poço artesiano. Sobrou prá mim. Vendi o barco inflável que nunca usei. Tua mãe não se conforma com a minha barriga e agora não sai mais de casa, nem para vender as estátuas de Santa Edwiges. Beijo da mãe, benção do pai.· Novembro Estimado, eu não sei o que está acontecendo. Os vizinhos gaúchos, paulistas e catarinas já botaram os apartamentos pra alugar e vão voltar pra suas origens, em dezembro. Os argentinos e paraguaios vão ficar. Mas os portenhos não tem onde cair mortos e os paraguaios, correm boatos, são uma gente exilada por corrupção ou coisa que o valha. Tua mãe continua inconformada com a minha barriga e jogou pela janela todo o estoque de estátuas de gesso. Beijo da mãe, benção do pai.· Dezembro Estimado filho, aqui me tens de regresso. Tua mãe venceu. Beijo da mãe, benção do pai.

Texto de Dante Mendonça, do Jornal Estado do Paraná, edição de 30/01/2004

Veraneio no Rio Grande do Sul

Para conhecimento nacional e reconhecimento regional:
Está chegando o verão e com ele o veraneio, como chamamos aqui no Sul. Não sei se vocês, de outros Estados, sabem, mas temos o mais fantástico litoral do País: de Torres ao Chuí, uma linha reta, sem enseadas, baias, morros, reentrâncias ou recortes. Nada! Apenas uma linha reta, areia de um lado, o mar do outro. Torres, aliás, é um equívoco geográfico, contrário às nossas raízes farroupilhas e devia estar em Santa Catarina. Característica nossa, não gostamos de intermediários. Nosso veraneio consiste em pisar na areia, entrar no mar, sair do mar e pisar na areia. Nada de vistas deslumbrantes, vegetações verdejantes, montanhas e falésias, prainhas paradisíacas e outras frescuras cultivadas aí para cima. O mar gaúcho não é verde, não é azul, não é turquesa. É marrom! Cor de barro iodado, é excelente para a saúde e para a pele! E nossas ondas são constantes, nem pequenas nem gigantes, não servem para pegar jacaré ou furar onda. O solo do nosso mar é escorregadio, irregular, rico em buracos. Quem entra nele tem que se garantir. Não vou falar em inconvenientes como as estradas engarrafadas, balneários hiper-lotados, supermercados abarrotados, falta de produtos, buzinaços de manhã de tarde e de noite, areia fervendo, crianças berrando, ruas esburacadas, tempestades e pele ardendo, porque protetor solar é coisa de fresco e em praia de gaúcho não tem sombra. Nem nos dias de chuva, quase sempre nos fins-de-semana, provocando o alegre, intermitente, reincidente e recorrente coaxar dos sapos e assustadoras revoadas de mariposas. Dois ventos predominam, em nosso veraneio: o nordeste – também chamado de nordestão – e o sul, cuja origem é a Antártida. O nordestão é vento com grife e estilo.... estilo vendaval. Chega levantando areia fina que bate em nosso corpo como milhões de mosquitos a nos pinicar. Quem entra no mar, ao sair rapidamente se transforma no – como chamamos com bom-humor – veranista à milanesa. A propósito, provoca um fenômeno único no universo, fazendo com que o oceano se coloque em posição diagonal à areia: você entra na água bem aqui e quando sai, está a quase um quilômetro para sul. Essa distância é variável, relativa ao tempo que você permanecer dentro da água. Outra coisa: nosso mar é pra macho! Água gelada, vai congelando seus pés e termina nos cabelos. Se você prefere sofrer tudo de uma vez, mergulhe e erga-se, sabendo que nos próximos quinze minutos sua respiração voltará ao normal: é o tempo que leva para recuperar-se do choque térmico. Noventa por cento do nosso veraneio é agraciado pelo nordestão que, entre outras coisas, promove uma atividade esportiva praiana, inusitada e exclusiva do Sul: Caça ao guardassol. Guardassol, você sabe, é o antigo guarda-sol, espécie de guarda-chuva de lona, colorida de amarelo, verde, vermelho, cores de verão, enfim, cujo cabo tem uma ponta que você enterra na areia e depois senta embaixo, em pequenas cadeiras de alumínio que não agüentam seu peso e se enterram na areia. Chega o nordestão e... lá se vai o guardassol, voando alegremente pela orla e você correndo atrás. Ganha quem consegue pegá-lo antes de ele se cravar na perna de alguém ou desmanchar o castelo de areia que, há três horas, você está construindo com seu filho de cinco anos. O vento sul, por sua vez, é menos espalhafatoso. Se você for para a praia de sobretudo, cachecol e meias de lã, mal perceberá que ele está soprando. É o vento ideal para se comprar milho verde e deixar a água fervente escorrer em suas mãos, para aquecê-las. Raramente, mas acontece, somos brindados com o vento leste, aquele que vem diretamente do mar para a terra. Aqui no Sul, chamamos o vento leste de ‘vento cultural’, porque quando ele sopra, apreendemos cientificamente como se sentem os camarões cozinhados ao bafo. E, em todos os veraneios, acontece aquele dia perfeito: nenhum vento, mar tranquilo e transparente, o comentário geral é: “foi um dia de Santa Catarina, de Maceió, de Salvador” e outras bichices. Esse dia perfeito quase sempre acontece no meio da semana, quando quase ninguém está lá para aproveitar. Mas fala-se dele pelo resto do veraneio, pelo resto do ano, até o próximo verão. Morram de inveja, esta é outra das coisas de gaúcho! Atenta a essas questões, nossa indústria da construção civil, conhecida mundialmente por suas soluções criativas e inéditas, inventou um sistema maravilhoso que nos permite veranear no litoral a uma distância não inferior a quinhentos metros da areia e, na maioria dos casos, jamais ver o mar: os famosos condomínios fechados. A coisa funciona assim: a construtora adquire uma imensa área de terra (areia), em geral a preço barato porque fica longe do mar, cerca tudo com um muro e, mal começa a primavera, gasta milhares de reais em anúncios na mídia, comunicando que, finalmente agora você tem ao seu dispor o melhor estilo de veranear na praia: longe dela. Oferece terrenos de ponta a ponta, quanto mais longe da praia, mais caro é o terreno. Você vai lá e compra um. Enquanto isso a construtora urbaniza o lugar: faz ruas, obras de saneamento, hidráulica, elétrica, salão de festas comunitário, piscina comunitária com águas térmicas, jardins e até lagos e lagoas artificiais onde coloca peixes para você pescar. Sem falar no ginásio de esportes, quadras de tênis, futebol, futebol-sete, se o lago for grande, uma lancha e um professor para você esquiar na água e todos os demais confortos de um condomínio fechado de Porto Alegre, além de um sistema de segurança quase, repito, quase invulnerável. Feliz proprietário de um terreno, você agora tem que construir sua casa, obedecendo é claro ao plano-diretor do condomínio que abrange desde a altura do imóvel até o seu estilo. O que fazemos nós, gaúchos, diante dessa fabulosa novidade? Aderimos, é claro. Construímos as nossas casas que, de modo algum, podem ser inferiores às dos vizinhos, colocamos piscinas térmicas nos nossos terrenos para não precisar usar a comunitária, mobiliamos e equipamos a casa com o que tem de melhor, sobretudo na questão da tecnologia: internet, TV à cabo, plasma ou LCD, linhas telefônicas, enfim, veraneamos no litoral como se não tivéssemos saído da nossa casa na cidade. Nossos veraneios costumam começar aí pela metade de janeiro e terminar aí pela metade de fevereiro, depende de quando cai o Carnaval. Somos um povo trabalhador, não costumamos ficar parados nas nossas praias. Vamos para lá nas sextas-feiras de tarde e voltamos de lá nos domingos à noite. Quase todos na mesma hora, ida e volta. E assim que, na sexta-feira, pelas quatro ou cinco da tarde, entramos no engarrafamento. Chegamos ao nosso condomínio lá pelas nove ou dez da noite. Usufruímos nosso novo estilo de veranear no sábado – manhã, tarde e noite – e no domingo, quando fechamos a casa. Adoramos o trabalhão que dá para abrir, arrumar e prover a casa na sexta de noite, e o mesmo trabalhão que dá no domingo de noite. E nem vou contar quando, ao chegarmos, a geladeira estragou, o sistema elétrico pifou ou a empregada contratada para o fim-de-semana não veio. Temos, aqui no Sul, uma expressão regional que vou revelar ao resto do mundo: - Graças a Deus que terminou esta bosta de veraneio!